11 Maio 2023

A ARCOlisboa cresce em conjunto com as suas galerias e olha para o mundo a partir de Portugal

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A feira irá decorrer ao longo de quatro dias, sendo o dia 25 de maio dedicado exclusivamente a colecionadores e profissionais. Abre as portas ao público de sexta-feira, 26 de maio, até domingo, dia 28.

Na sua sexta edição, aumenta em número a oferta de galerias de arte, para um total de 86 galerias de 23 países, 55 das quais compõem o Programa Geral - para além da seleção de 23 galerias na secção comissariada Opening Lisboa e de 8 no programa África em Foco, o qual é reforçado com conteúdos de galerias africanas participantes no Programa Geral.

De 25 a 28 de maio, Lisboa volta a ser um dos polos artísticos e culturais mais atrativos e interessantes da Europa com a celebração da ARCOlisboa, que apresenta a sua sexta edição ra Cordoaria Nacional. Organizada pela IFEMA MADRID e pela Câmara Municipal de Lisboa, a feira internacional de arte contemporânea apresentará a atualidade artística portuguesa num amplo diálogo com a arte espanhola e europeia, bem como com uma seleção criteriosa de artistas africanos. Um grande evento para a cidade de Lisboa, que durante alguns dias será o centro das atenções internacionais de galerias, artistas, colecionadores, curadores e outros profissionais, instituições, museus e centros de arte de todo o mundo.

Ao longo das suas seis edições, a ARCOlisboa obteve um amplo reconhecimento internacional, o que fomentou um interesse crescente por este evento por parte de galerias de todo o mundo, como demonstra o notável aumento do número de participantes na edição deste ano. No total, a feira reunirá as propostas artísticas de 86 galerias de 23 países, o que representa um aumento de 32% em relação ao ano anterior e um recorde de participação em toda a sua história.

Tal como nos anos anteriores, a Feira organiza-se em torno de três áreas: o Programa Geral, composto por 55 galerias, e as secções com curadoria, Opening Lisboa, com uma seleção de 23 galerias, e África em Foco, composta por 8 galerias.

A internacionalização da ARCOlisboa representa um dos seus maiores valores, patente nas percentagens de participação, mantendo-se nesta ocasião a representação de galerias portuguesas em 30% do certame, com um total de 25 galerias, e do segmento internacional em 70%, com 61 galerias provenientes sobretudo da Europa, para além de uma significativa presença africana de países como Angola, Marrocos, Moçambique e África do Sul.

Programa artístico

O eixo principal da feira, o Programa Geral, cresce e será composto por 55 galerias selecionadas pelo Comité Organizador, com a incorporação de grandes galerias que participam pela primeira vez, como Carlier | Gebauer, Document, Elisabeth & Klaus Thoman, Fernando Pradilla e The Goma. Da mesma forma, regressam algumas galerias que já tinham participado em algumas edições, como Fernández-Braso, Georg Kargl, MPA-Moisés Pérez de Albéniz ou Pelaires, e outras como Lehmann + Silva e NO·NO juntam-se à secção geral depois de terem participado na Opening Lisboa no ano passado.

A estas juntam-se outras galerias de renome que voltam a depositar a sua confiança na feira, como Bruno Múrias, Cristina Guerra Contemporary Art, Francisco Fino, Madragoa, Pedro Cera, Vera Cortês e outras como Alarcón Criado, Elvira González, Helga de Alvear, Juana de Aizpuru e Leandro Navarro.

O crescimento do Programa Geral também se reflete em novos conteúdos, como os 11 projetos SOLO que apresentarão em profundidade o trabalho de artistas internacionais. Entre eles, Mané Pacheco -Balcony-; Sidival Fila -Baró-; Alejandra Venegas -Dürst Britt & Mayhew-; Simon Ling -Greengrassi-; Nacho Criado -José de la Mano-; Eugenia Mussa -Monitor-; Fidel Évora -Movart-; Túlio Pinto -Nosco-; FOD -T20-; Ana López -W-Galería- e Hong Zeiss -Zeller Van Almsick-.

Por seu lado, a secção Opening Lisboa demonstra o interesse da ARCOlisboa em mostrar novas galerias que, quer pela sua curta trajetória, quer pela sua novidade no contexto português, apresentam propostas interessantes e abrem a porta à descoberta de novos criadores. Nesta linha, através da secção Opening Lisboa, cuja seleção foi realizada por Chus Martínez e Luiza Teixeira de Freitas, com a colaboração de Diogo Pinto, a feira dá espaço a 23 galerias, como Anca Poterasu, Britta Rettberg, Livie Gallery, Menoparkas, Portas Vilaseca, Ravnikar, que se estreiam no programa, e outras como Artbeat, Atm, Foco, Rodríguez Gallery e The Ryder Projects, que repetem a sua participação. O espaço da Opening Lisboa será especialmente desenhado pelo atelier de arquitetura português Feeders.

Neste contexto, e pelo quarto ano, a ARCOlisboa entregará o Prémio Opening Lisboa, cujo júri, composto por Beatriz Alonso, Ela Bittencourt, Lucía Casani, Natxo Checa, Bárbara Rodríguez, Manuel Segade e Luis Silva, reconhecerá o melhor stand da secção pela concepção do seu espaço expositivo na Feira.

O conteúdo artístico da Feira completa-se nesta edição com o programa África em Foco, que volta a centrar a sua atenção na investigação da arte contemporânea no continente africano, através da participação de 8 galerias selecionadas por Paula Nascimento. O programa inclui galerias de Marrocos -African Arty-, África do Sul -Afronova e Guns & Rain-, Moçambique -Arte de Gema-, bem como de França -193 Gallery-, Alemanha -Artco- e Portugal -.insofar e Perve-, com stands individuais dispersos pela feira. Este conteúdo será complementado por outras galerias africanas que participam no Programa Geral, como a L'Atelier 21 Art Gallery, de Marrocos, e as galerias angolanas Movart e This Is Not A White Cube.

Como novidade, a ARCOlisboa vai acolher o Primeiro Prémio Fundação Millenium BCP para o melhor stand da feira, com um júri constituído por Filipa Oliveira e Julia Morandeira.

Por outro lado, a ArtsLibris volta a estar presente este ano na ARCOlisboa com 39 participantes nacionais e internacionais localizados no Torreão Nascente da Cordoaria, com acesso gratuito ao público. Para além de se tornar o local especializado em publicações de artistas, fotolivros, pensamento contemporâneo, autopublicação e publicações digitais, coloca também à disposição dos participantes o seu Speakers' Corner, um espaço de apresentações e debates, onde as editoras participantes apresentarão as suas publicações e linhas editoriais. As revistas de arte contemporânea terão também um papel preponderante neste espaço.

Programa Millennium Art Talks, organizado pela EGEAC

Como contextualização teórica, a ARCOlisboa propõe o seu tradicional programa de debate e reflexão que, com o apoio da Fundação Millennium bcp, continuará a promover a feira como motor do pensamento em torno da arte contemporânea. O Torreão Nascente acolherá as Millennium Art Talks, organizadas pela EGEAC e comissariadas por Marta Mestre e Ángel Calvo Ulloa.

Nesta ocasião, participarão profissionais como Pedro Barbosa, Pedro Felipe Hinestrosa, Titos Pelembe, Benjamin Weil, Carlos Antunes, Désirée Pedro, João Laia, Isabella Rjelle, Manuel Borja-Villel, Germano Dushá, Marta Lança, Rafa Barber, Nuria Enguita, Paula Nascimento, Luiz Camillo Osorio e Sérgio Fazenda Rodrigues, entre outros.

Por seu lado, a DGArtes realizará uma sessão de apresentação da Rede Portuguesa de Arte Contemporânea, com a participação de  Inês Grosso, Sandra Vieira Jürgens, Mariana Mata Passos, Paulo Mendes, e da WAAU - World African Artists United, numa conversa moderada por Ana Balona de Oliveira e com a participação de Alicia Knock, Liz Gomis, Paula Nascimento e Serubiri Moses.

Será ainda apresentado o Catálogo dos 15 anos do MACE com Paula Calado, António Cachola, Ana Paula Amendoeira, Miguel Coutinho e Ana Cristina Cachola.

Colecionadores e profissionais

A ARCOlisboa fez um esforço especial para realizar diferentes ações de promoção internacional, para além do programa de compradores e consultores, que trará a Lisboa mais de 150 convidados -entre colecionadores, diretores de instituições, curadores e outros profissionais internacionais do mundo da arte. Uma estratégia fundamental para impulsionar esta importante plataforma portuguesa do mercado de arte.

Público geral e espaços

O público geral terá também a oportunidade de desfrutar deste encontro especial com a arte contemporânea, de sexta-feira 26 a domingo 28 de maio.

Com o objetivo de promover o acesso a um maior número de jovens, será permitida a entrada gratuita a pessoas até os 25 anos no sábado, dia 27 de maio, a partir das 15h00.

A Cordoaria Nacional, um dos exemplos mais notáveis da arquitetura industrial do século XVIII, terá diferentes áreas de descanso e restauração para todos os visitantes. Nesta ocasião, o Guest Lounge é um projeto executado e decorado pela Kinda Home, servido pela Casa do Marquês, com obras da coleção da Fundação EDP adquiridas na ARCOlisboa. Os visitantes poderão ainda usufruir das esplanadas das cafetarias situadas nos dois pátios do edifício, exploradas pela mesma empresa de catering. Com a ajuda dos patrocinadores Musa, Bellissimo Cafés / Marca Grupo Nabeiro e Ruinart, a ARCOlisboa expande-se para outras áreas dos pátios da Cordoaria, criando novos espaços de encontro.

Algumas exposições em Lisboa

Lisboa junta-se à ARCOlisboa neste grande encontro com a arte contemporânea. Em conjunto com as principais instituições artísticas locais,  a cidade promove um programa cultural paralelo à feira para convidados nacionais e internacionais, incluindo inaugurações e visitas a exposições e coleções privadas, entre outros eventos.

Organizada pela EGEAC, o piso térreo do Torreão Nascente acolherá uma exposição de obras adquiridas pela Câmara Municipal de Lisboa nas várias edições da ARCOlisboa.

Além disso, os principais museus da cidade apresentam interessantes exposições, como o MAAT - Museu de Arte Arquitetura e Tecnologia - com mostras de artistas como Luísa Cunha, Ana Cardoso, Hervé di Rosa e Sandra Rocha, entre outros. O Museu de Arte Contemporânea - Centro Cultural de Belém acolherá exposições dos artistas Fernanda Fragateiro e Luigi Ghirri. No caso do Museu Calouste Gulbenkian, os criadores Rui Chafes e Alberto Giacometti estarão entre os protagonistas.

Entre a vasta e variada oferta na cidade, há ainda exposições noutros centros de arte como a Culturgest, com Sónia Almeida e Ana Santos, a exposição com obras da Fundação Altice no Fórum Picoas, exposições coletivas no Atelier Museu Júlio Pomar e na Fundação PLMJ, ou a exposição do artista Miguel Palma na Vieira de Almeida. Para além destas, há muitas outras, como a Rialto 6, com Mattia Denisse e João Onofre, e a Kunsthalle Lisabon, com La Chola Poblete.

A ARCOlisboa é uma co-produção entre a IFEMA MADRID e a Câmara Municipal de Lisboa, com a coordenação local da produtora cultural Café Pessoa e com o suporte da DGARTES, Fundação EDP, Fundação Altice, Fundação Millennium BCP, MEXTO Property Investment, Turismo de Portugal, Turismo de Lisboa, Kinda Home, Belíssimo Cafés/ Grupo Nabeiro, Fundação Vasco Vieira de Almeida, Art Works Ruinart.

Legenda: Da esquerda para a direita, Maribel López, Diretora da ARCO; Diogo Moura, Vereador da Cultura, Economia e Inovação da Cãmara Municipal de Lisboa; Bruno Múrias, Membro do Comité Organizador da ARCOlisboa